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Europa/Manifestações

Europeus vão às ruas protestar em "dia contra a austeridade"

Manifestantes foram às ruas em diferentes cidades europeias nesta quarta-feira contra os planos de austeridades e em nome da justiça social. Através da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), trabalhadores dos 27 países foram convocados a se mobilizar às vésperas do Conselho Europeu, que discutirá a segurança orçamentária no bloco.

Manifestantes portugueses protestam contra as medidas de austeridade em Lisboa.
Manifestantes portugueses protestam contra as medidas de austeridade em Lisboa. Reuters/Jose Manuel Ribeiro
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Na França, foram registradas 160 manifestações contabilizando 130 mil pessoas, de acordo com o sindicato francês, CGT, Confederação Geral do Trabalho. O tráfego ferroviário foi levemente perturbado. Na capital francesa, 8.700 pessoas se reuniram na praça da Bastille, de acordo com a polícia.

Em Marseille, quase 3 mil pessoas, segundo a polícia, e 10 mil, de acordo com os organizadores se manifestaram. Algumas centenas de pessoas também sairam de casa para protestar em outras cidades, como Nantes, Lille e Bordeaux.

Já na Espanha, estudantes expressaram sua indignação contra os cortes no setor da educação e aumentos de taxas universitárias, em uma passeata na capital, Madri.

Centenas de militantes sindicais foram até a sede do Conselho Europeu e do Banco Nacional da Bélgica, em Bruxelas, para protestar contra o que chamaram de "fim do modelo social".

Na Grécia, uma greve de 3 horas foi realizada no setor público e privado, os grevistas também se reuniram diante da sede da representação da União Europeia e do Parlamento, em Atenas, contra as políticas neoliberais. As ruas foram fechadas e a polícia cercou o Parlamento, enquanto eram debatidas medidas urgentes sobre o projeto de lei, que regula a redução das despesas farmacêuticas e a regulação do sistema de saúde. Essa é uma das condições impostas pelo FMI e pela UE para que o país fortemente atingido pela crise da dívida possa receber até o 20 de março o novo plano de ajuda financeira.

Em Portugal, a CGTP, Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, maior central sindical do país, programou manifestações em Lisboa e no Porto, nesta data tida como “Dia de Luta Europeu”, contra a austeridade, a exploração e a pobreza.

Os planos de austeridade aplicados por boa parte dos governos do continente são criticados pelos cortes no aparato social do Estado e por agravar a recessão e o desemprego. Ao todo, doze países incluindo Itália, Polônia e Espanha assinaram uma carta pedindo a reorientação da política de cortes defendida pela chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Eles propõem medidas de liberalização, reformas do mercado de trabalho e a abertura comercial do continente, como alternativas a política de rigor.
 

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