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Berlusconi/processo

Justiça italiana retoma caso Ruby sem Berlusconi

O premiê italiano, que está em visita a Bucareste e não irá comparecer à audiência, é acusado de ter utilizado os serviços de uma prostituta menor e de abuso de poder. O processo conhecido como Rubygate, nome da garota de programa marroquina envolvida no caso, está sendo julgado no Tribunal de Milão.

Silvio Berlusconi, em Bucareste, disse que seus adversários vão se 'arrepender.'
Silvio Berlusconi, em Bucareste, disse que seus adversários vão se 'arrepender.' REUTERS/Bogdan Cristel
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A audiência desta terça-feira será dedicada à análise de questões preliminares e administrativas envolvendo o processo. A defesa deve questionar se o tribunal de Milão é a instância competente para julgar o caso. Os advogados alegam que as festas aconteceram na sua residência em Arcore, na periferia de Milão. A defesa, segundo informações do escritório Ghedini-Longo, também deve refutar a ideia de abuso de poder, crime passível de 12 anos de prisão.

Segundo a acusação, o premiê teria saído com a prostituta Karima El Mahroug, conhecida Ruby, pelo menos dez vezes, entre fevereiro e maio de 2010, quando ela ainda era menor de idade. O crime é passível de três anos de prisão. Os dois negam terem mantido relações sexuais. Berlusconi também é acusado de ter pressionado a polícia de Milão para liberar Ruby, acusada de roubo. Na época, ele justificou que agiu para evitar um incidente diplomático, pensando que a garota era sobrinha do ex-presidente Hosni Mubarak.

O premiê italiano também é acusado de outros dois crimes: corrupção de testemunha e superfaturamento de direitos televisos pela Mediaset, grupo de comunicação que canais de TV e Internet fundado por ele em 1993. Berlusconi, que amarga uma derrota nas eleições municipais,inclusive em Milão, deve reunir seus aliados ainda nesta terça-feira para decidir qual será a próxima estratégia política de seu partido, Povo da Liberdade. Um Conselho de Ministros e uma reunião da presidência estão previstos na sua chegada a Roma. Segundo o premiê, é preciso que o partido se fortaleça regionalmente.

Para analistas italianos, Berlusconi pode modificar a estrutura do partido e lançar como futuro substituto o atual ministro da Justiça Angelino Alfano. A Liga do Norte poderia até mesmo mudar de nome para evitar problemas judiciais com representações locais do ex-aliado Gianfranco Fini , presidente da Câmara dos Deputados, que deixou o partido depois em 2010. Em tom de ameaça, Berlusconi já disse que seus adversários vão se "arrepender" pelo seu fracasso nas urnas.
 

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