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Europa/Palestina

Europeus apoiam proposta de Obama sobre estado palestino

A proposta do presidente americano Barack Obama de criação de um estado palestino a partir das fronteiras anteriores a 1967 recebeu apoio da chanceler alemã Ângela Merkel que vê uma oportunidade de desbloquear o processo de paz israelo-palestino.

A chanceler alemã, Angela Merkel, durante entrevista coletiva, em Berlim, em 20.05.11
A chanceler alemã, Angela Merkel, durante entrevista coletiva, em Berlim, em 20.05.11 Reuters
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“Acho que a proposta de retomar a fronteira de 1967 e examinar uma troca de territórios - estudando a proposta e não aderindo de maneira dogmática – seria um bom caminho que vai na boa direção ”, disse durante uma entrevista coletiva, em Berlim.

Em seu discurso na quinta-feira sobre as relações dos Estados Unidos com o mundo árabe e as recentes revoltas populares em países como Tunísia, Egito e Líbia, o presidente americano defendeu que o futuro estado palestino seja fundado com fronteiras anteriores à guerra dos Seis Dias em 1967, quando Israel anexou os territórios de Gaza (de onde se retirou em 2005), da Cisjordânia e a parte leste de Jerusalém.

"As fronteiras de Israel e da Palestine devem ser fundadas sobre as áreas demarcadas de 1967, com trocas sobre as quais as duas partes devem estar de acordo para estabelecer fronteiras seguras e reconhecidas mutuamente pelos dois estados”, disse Obama.

Horas antes o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, já havia anunciado o apoio do governo ao presidente americano. "Nós temos como objetivo uma solução com dois estados. Não existe outra alternativa senão a solução com dois estados, obtida pela via das negociações”, afirmou o ministro.

A declaração foi feita durante entrevista coletiva ao lado de seus colegas francês, Alain Juppé, e polonês, Radoslaw Sikorski, em Bydgoszcz, na região noroeste da Polônia.

Para o chefe da diplomacia polonesa, a mensagem de Obama é corajosa e está de acordo com a visão defendida pelos europeus.

“Nós apoiamos a mensagem corajosa do presidente dos Estados Unidos em relação à necessidade urgente de agir para resolver o conflito no Oriente Médio”, disse Sikorski. “Barack Obama fez o que a Europa o conselhou a fazer. Agora, como ele o fez, nós expressamos nosso apoio”, conclui.

Já o ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, disse que o discurso de Obama corresponde à mensagem que a França envia há várias semanas aos povos árabes, ou seja, o apoio aos movimentos de libertação das populações.  ‘Este movimento que chamamos de ‘primavera árabe’ é uma oportunidade que é preciso aproveitar”, afirmou Juppé.

 

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