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Esporte em foco

“Conexão do PSG com Brasil também me motivou a vir” a Paris, diz jogadora Luana

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Nova contração do Paris Saint-Germain, a brasileira Luana Bertolucci Paixão assinou no início de janeiro um contrato de seis meses com o clube francês. Jogadora de meio-campo, ela admira o histórico do time com o país.

A jogadora Luana, nova contratação do PSG.
A jogadora Luana, nova contratação do PSG. Foto: Elcio Ramalho/RFI
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"O PSG é uma equipe muito grande, tanto na França quanto no Brasil. Essa conexão com os brasileiros me motivou bastante a vir para cá”, explicou em entrevista à RFI no centro de treinamento da equipe em Bougival, na periferia oeste da capital francesa.

“Há um respeito muito grande pelo PSG. É um clube que faz muito pelo futebol feminino; abraçou o futebol feminino como uma parte importante da equipe. Todos olham com muito respeito e admiração”, acrescenta.

Luana, de 26 anos, foi o nome escolhido pelo PSG para substituir a alemã Sarah Däbritz, afastada por uma séria lesão. A brasileira veio transferida do Hwacheon KSPO, da Coreia do Sul, sem descartar a perspectiva de poder ficar por mais temporadas. “É um período de adaptação e para descobrir se é aqui mesmo que eu quero ficar, e também para o clube avaliar meu rendimento.”

Luana tem a função de compor o meio-campo com a brasileira Formiga, uma das jogadoras mais experientes do elenco e que acolheu na sua chegada no PSG. Jogar ao lado da compatriota é uma forma de melhor se adaptar ao novo clube.

“Sempre é mais fácil a adaptação quando você tem alguém que fala a mesma língua. Ainda não falo francês, mas ela tem me ajudado bastante”, diz.

Um de seus grandes desafios no PSG é levantar as taças do campeonato francês e da Liga das Campeãs, uma grande ambição do time parisiense, que tem como rival nos gramados o Lyon, potência do futebol feminino na França e na Europa.   

“Já joguei contra o Lyon na Liga das Campeãs, quando jogava na Noruega. É uma equipe muito forte, mas o PSG tem condições de igualar e até mesmo vencer”, avalia, confiante.

"Liga Francesa é forte"

Aos 20 anos, a primeira experiência profissional da paulista de São Bernardo do Campo no exterior foi na Noruega, onde ficou quatro temporadas. “Amadureci muito lá como jogadora”, relembra. Na sequência, teve uma rápida passagem pelo futebol sul-coreano, o que lhe garantiu experiência em diferentes estilos de jogo.

“Há muitas diferenças. Na Ásia é um futebol mais técnico e não com tanta força. É um jogo de mais aproximação, toque de bola. Já aqui na Europa é de mais força e velocidade. É bom você experimentar diversas ligas para melhorar e aprimorar seu futebol. Fui agregando coisas em meu jogo”, destaca.

“A Liga francesa é muito forte, um pouco diferente do que as que eu já joguei. Acho o futebol francês rápido, intenso, de um nível técnico alto e também fisicamente. É um conjunto de todas as ligas que joguei até hoje”, ressalta.

Luana, que tem sido convocada regulamente pela nova treinadora da seleção brasileira de futebol feminino, Pia Sundhage, é só elogios para o desempenho da sueca frente à equipe. Foram cinco vitórias em sete jogos.

“Viemos de um momento muito bom, de vitórias, o que dá muita confiança para a equipe. A Pia tem trazido muita informação nova para a gente, trabalha nas áreas em que ela acha que a gente precisa melhorar. Temos tudo nesta reta final para melhorar e chegar bem às Olimpíadas”, destacou, em referência aos Jogos de Tóquio 2020.

Um de seus objetivos é que deverá representar o Brasil nas Olimpíadas e também no torneio internacional a ser realizado em março, na França, entre 4 e 10 de março.

Luana, que jogou pela seleção brasileira na Copa do Mundo no ano passado na França, guarda boas recordações da competição e do impacto para o esporte.  

“Foi uma repercussão muito grande tanto no Brasil quanto na Europa, com os jogos com muita audiência e estádios lotados. Foi um passo para o futebol feminino. Começaram a olhar [o futebol feminino] de uma maneira diferente, mais profissional. O torcedor brasileiro criou um carinho pela seleção feminina”, garante.

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