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Uganda/Atentado

Explosões em restaurantes que transmitiam a final da Copa matam 74 pessoas em Uganda

Pelo menos 74 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em razão de dois atentados a bomba contra dois restaurantes que transmitiam a final do Mundial da África do Sul em Kampala, capital de Uganda. Um grupo de islamitas radicais somális ligados à Al Qaeda reivindicou a autoria dos ataques.   

Os atentados foram reivindicados por islamitas radicais somális ligados à Al Qaeda.
Os atentados foram reivindicados por islamitas radicais somális ligados à Al Qaeda. Reuters
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A primeira bomba explodiu em um restaurante etíope na periferia de Kampala, local muito frequentado por fãs de futebol. A outra, em um clube de rugby ao leste da capital, no momento em que diversas pessoas assistiam à retransmissão da final da Copa do Mundo entre Espanha e Holanda.

O Ministro de Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, afirmou em um comunicado que os autores desses "atos bárbaros" devem ser identificados e julgados. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também se disse "tocado e triste" com a situação. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou imediatamente os atentados, que chamou de "covardes e deploráveis". Pelo menos um norte-americano morreu em decorrência das explosões, segundo informou a embaixada norte-americana em Uganda.

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, expressou suas condolências e alertou para os perigos do terrorismo, que atinge as pessoas indiscriminadamente. "As pessoas estavam vendo futebol, se divertindo. não deveriam ser vistas como alvos. Se eles querem lutar, devem procurar soldados", disse Museveni. A União Africana e o presidente da Somália também condenaram o ataque.

Os islamitas do grupo Al-Chabaab, da Somália, reivindicaram a autoria dos atentados nesta segunda-feira. Eles controlam grande parte do país e são aliados da Al Qaeda.

"Nós estamos por trás desses ataques porque estamos em guerra contra eles [os ugandenses]", declarou o porta-voz do grupo, Ali Mohamoud Rage, em Mogadiscio. "Nós prosseguiremos com os ataques se eles continuarem a matar o nosso povo", acrescentou.

No ano passado, militantes desse grupo ameçaram atacar Kampala para denunciar a presença de soldados de Uganda na Força de Manutenção de Paz da União Africana na Somália. Essa força foi criada no início de 2009 para proteger o governo provisório do presidente Sharif Cheikh Ahmed. 

Uganda, terceira economia africana, vive em relativa estabilidade, mas sua presença na Somália é alvo frequente de críticas de grupos islâmicos radicais. Tanto Uganda quanto a Etiópia apoiam militarmente o governo interino somaliano.

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