O ano de 2013 entrará para a história da medicina francesa, graças a uma invenção que, nos extertores do ano, deu nova esperança a quem sofre de problemas cardíacos. Trata-se do primeiro coração inteiramente artificial implantado de forma definitiva em um paciente. O aparelho, criado pela equipe do professor Alain Carpentier em parceria com a empresa Carmat, foi inserido em um homem de 75 anos no hospital Georges Pompidou, em Paris. O paciente respondeu muito bem ao procedimento e, apesar de continuar internado para observação, conversa com médicos e familiares e tem um dinamismo "admirável", de acordo com a equipe que cuida dele.
A medicina francesa, que traz no currículo o primeiro transplante de coração, realizado em 1968 e a co-descoberta do vírus da AIDS, no início dos anos oitenta, traz uma nova contribuição de peso para o mundo, na avaliação da ministra da Saúde, Marisol Tourraine: "É uma novidade que orgulha muito a França, que mostra que ela é pioneira na área de saúde, que podemos trazer uma inovação que gera uma grande esperança a todas as pessoas que estão ou estarão doentes".
Porém, é preciso parcimônia, já que o protocolo para o implante é bastante restrito: o coração artificial só pode ser colocado em pacientes com uma certa idade, com casos graves de insuficiência cardíaca, para os quais os medicamentos perderam a eficácia. Mesmo assim, ele tem potencial para diminuir consideravelmente as filas para transplante. Um resultado que valeu os quase trinta anos de trabalho do professor Alain Carpentier: "É indescritível o sentimento que tive, principalmente quando o coração começou a bater dentro do homem".
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