Grupo Bric é desconhecido para a maioria dos indianos
O primeiro ministro indiano, Manmohan Singh, chegou à Brasília para o segundo encontro dos Bric, grupo que reúne os países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China. Entre os indianos, a cúpula quase não é conhecida.
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De Miyuki Droz, correspondente da Rádio França Internacional, em Nova Déli
Quando se fala do encontro dos líderes dos Bric aos indianos, eles reagem principalmente em relação à China – o grande concorrente e inimigo da região. Vale lembrar que entre os dois gigantes asiáticos, ainda existem várias disputas de fronteiras. O Brasil ainda é muito desconhecido para a população local.
Comparando com Rússia e China, a Índia é o país dos Bric com menor presença na América Latina. Mas isso está mudando. De acordo com Marco Brandão, embaixador brasileiro em Nova Déli, o comércio entre Brasil e Índia poderia dobrar daqui a 5 anos, atingindo US$ 10 bilhões por ano.
As empresas indianas estão investindo principalmente no setores farmacêutico, do software e dos recursos naturais brasileiros – um dos produtos mais importados pelos consumidores indianos – é o açúcar.
Mas além do comércio bilateral, os dois países compartilham interesses comuns. Eles defendem, por exemplo, o direito dos países emergentes de desenvolver capacidades nucleares civis. Ou lutam para que os Bric tenham assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.
Discutir essas posições comuns na cena internacional, é certamente a prioridade dos indianos para essa reunião dos Bric, em Brasília.
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