Acessar o conteúdo principal
Linha Direta

EUA reforçam segurança em atrações para festas de final de ano

Publicado em:

Os americanos celebram as festas de final de ano atentos a eventuais ameaças terroristas, especialmente depois do ataque recente contra um centro de assistência social na Califórnia. Entre as medidas de segurança está a instalação de detetores de metais em grandes atrações turísticas do país, como a Disneylândia e outros parques temáticos.  

Entrada de um parque temático em Orlando, na Flórida.
Entrada de um parque temático em Orlando, na Flórida. Foto: Reuters
Publicidade

Cleide Klock, correspondente em Los Angeles,

Desde os ataques em Paris e também em San Bernardino, perto de Los Angeles, a segurança foi reforçada em vários locais, principalmente aeroportos, estações de trem e de metrô e eventos com grande circulação de pessoas. Em algumas cidades, mais turísticas, um esquema especial está funcionando desde o final de novembro, quando foi aberta oficialmente a temporada de festas com o dia de Ação de Graças.

Nesse mês de dezembro, Nova York recebe cerca de 5 milhões de turistas. E pelas ruas, é possível notar a presença ostensiva de policiais fortemente armados. Apesar de o presidente Barack Obama ter declarado que os Estados Unidos não ficariam aterrorizados, do prefeito de Nova York também ter dito que a população não ficaria intimidada depois da divulgação do vídeo feito pelo Estado Islâmico ameaçando a Times Square, é claro que há uma precaução extra.

Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, os eventos de fim de ano sempre mereceram atenção dobrada. Mas a grande mudança, depois do ataque em San Bernardino, é que agora também as pequenas cidades vivem esse medo, que antes era maior nas cidades grandes como Nova York, Washington e Los Angeles.

Detetores de metais e proibição de fantasias na entrada de parques

No início de dezembro, uma pesquisa do jornal New York Times mostrou que o medo de um ataque terrorista entre os americanos chegou ao nível mais elevado desde as semanas que sucederam os ataques de 11 de setembro. No país, muitas pessoas evitam frequentar locais muito cheios, seguindo recomendação do governo.

Se por um lado os americanos se sentem seguros quando veem tantos policiais e o forte esquema de segurança, por outro, são sempre lembrados que o pior pode acontecer a qualquer momento. O que está ocorrendo também com bastante frequência são treinamentos-surpresa: aqui em Los Angeles, na semana passada, a polícia, os bombeiros e vários médicos fizeram um desses treinamentos para reagir diante de uma situação de emergência, seguindo para vários pontos da cidade simultaneamente - simulando atentados em série como os que aconteceram em Paris.

Outra novidade anunciada durante a semana é que os parques temáticos, tanto da Disney, Universal, Sea World quanto outros nesses moldes, começaram a ter detetores de metal na entrada, e estão proibindo adultos de irem fantasiados, além de crianças entrarem com armas de brinquedo.

Impacto das medidas na economia

Cerca de 10% dos americanos que iriam viajar nessas festas cancelaram viagem devido aos ataques. Muitos mudaram o destino para locais que acham mais seguros e alguns deixaram para outra época. E isso significa bilhões de dólares a menos na economia. Já em relação às compras, muita gente deixou de ir aos shoppings e está comprando os presentes online, para evitar as aglomerações.

Além dos tradicionais presentes de Natal, como as cestas de com queijos, frios, frutas, chocolates, vinhos e doces, os americanos este ano mostram que estão cada vez mais investindo na segurança pessoal.

No mês de novembro, as vendas de armas de fogo aumentaram 24% em relação ao ano passado no País e as estimativas apontam um aumento também em dezembro. Na busca por segurança, está se tornando uma tradição oferecer arma de fogo de presente.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.