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FMI/Sucessão

Em coletiva, Lagarde diz que vai priorizar criação de emprego

A nova diretora-gerente do FMI abriu sua primeira coletiva de imprensa, em Washington, dizendo que existem muitos problemas a serem resolvidos. “Vocês devem estar surpresos de eu estar aqui logo após minha eleição, mas há temas que não podem esperar pelas férias de verão”, falou. Ela insistiu que é preciso completar a reforma inciada por seu antecessor, Dominique Srauss-Kahn, e que cotas e governança devem refletir a nova arquitetura mundial.

Christine Lagarde dá coletiva de imprensa na sede do FMI, em Washington.
Christine Lagarde dá coletiva de imprensa na sede do FMI, em Washington. REUTERS / Kevin Lamarque
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De nossa correspondente em Washington, Raquel Krähenbühl

A nova diretora-gerente explicou que o FMI enfrenta um cenário econômico melhor do que o de dois anos atrás, mas que claramente a recuperação é desnivelada. Os países desenvolvidos se recuperam mais lentamente do que os emergentes e enfrentam sérios problemas de dívidas fiscais e desemprego. Para ela, o emprego vai ser o foco chave.

A preocupação mais urgente para Lagarde, no entanto, é o problema da dívida soberana na Europa, particularmente na Grécia. O FMI tem uma reunião sobre o país europeu na sexta-feira. O Fundo ainda não deu o aval sobre o pagamento dos 12 bilhões de euros referentes à quinta parcela do pacote de ajuda financeira à Grécia. “Nosso propósito é restaurar a competitividade da Grécia”, contou.

A crise da dívida soberana europeia, de acordo com Lagarde, tem colaborado para aumentar o fluxo de capital para os emergentes. Para ela, a combinação destes dois problemas são as preocupações imediatas. Nexte contexto, ela citou o Brasil.

Nos passos de Strauss-Kahn

“No caso do Brasil, você deveria estar particularmente preocupado com o problema do fluxo de capital. Existe um  fluxo massivo de investimento para áreas do mundo que, ou não estão preparadas, ou temem o efeito em suas economias”, afirmou.

A reforma do FMI também foi muito questionada pelos jornalista durante a coletiva. A nova diretora insistiu que é preciso completar a reforma inciada pelo seu antecessor, Dominique Srauss-Kahn, e que cotas e governança devem refletir a nova arquitetura mundial. Lagarde prometeu que nos próximos dias vai consultar sua equipe sobre esta questão.

A diretora-gerente reforçou que não vai proteger a França e rejeitou qualquer noção de que ela possa não ser qualificada para o trabalho. “Eu vou tentar ser uma boa condutora”, respondeu.

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