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Bin Laden/Terrorismo

Americanos matam Bin Laden no Paquistão

A morte de Osama Bin Laden, abatido por forças americanas no Paquistão, foi anunciada na noite de domingo pelo presidente Barack Obama. O líder terrorista foi morto com um tiro na cabeça, na casa onde estava escondido ao norte de Islamabad. O anúncio da morte do inimigo número 1 dos Estados Unidos foi festejado por milhares de americanos, que passaram a madrugada reunidos em frente à Casa Branca, em Washington, no Ground Zero e em Times Square, em Nova York.

O presidente Barack Obama anuncia que forças americanas mataram Bin Laden no Paquistão.
O presidente Barack Obama anuncia que forças americanas mataram Bin Laden no Paquistão. Reuters
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Eram 23h34 minutos, hora de Washington, quando o presidente americano, Barack Obama, dirigiu-se à nação e ao mundo, na Casa Branca, para anunciar que Osama Bin Laden foi morto, numa operação comandada por um pequeno grupo de agentes das forças especiais americanas no Paquistão. Segundo Barack Obama, Bin Laden estava escondido em uma casa superprotegida da cidade de Abbottabad, 80 km ao norte da capital paquistanesa Islamabad.

A operação durou cerca de 40 minutos e contou com o apoio de dois helicópteros, de acordo com fontes militares. Os agentes entraram na casa, houve troca de tiros e Bin Laden foi morto com uma bala na cabeça, no ataque que também matou outras quatro pessoas. Nenhum americano ficou ferido. Canais de televisão paquistaneses exibiram imagens do rosto do terrorista parcialmente desfigurado, mas segundo a Fox News americana trata-se de uma montagem antiga.

Quase dez anos após o pior atentado da história dos Estados Unidos, Barack Obama declarou "justiça foi feita" aos milhares de inocentes mortos nos atentados terroristas da Al Qaeda, principalmente os familiares das quase 3 mil vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Reações

Temendo represálias, o Departamento de Estado americano advertiu imediatamente seus cidadãos no exterior a multiplicar a cautela. Vários governos ocidentais reforçaram a segurança de suas embaixadas em todo o mundo para se prevenir contra eventuais atentados.

A morte do terrorista está sendo festejada por milhares de americanos que passaram a madrugada reunidos em frente à Casa Branca, em Washington, no Ground Zero, onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center, e em Times Square, em Nova York.

Operação americana

A operação que culminou com a morte do terrorista pode ser comparada a um trabalho de formiga, disse Obama. Desde agosto do ano passado, agentes do serviço secreto americano conheciam o local onde o terrorista estava escondido com familiares e seguranças. Os Estados Unidos afirmam não ter informado o governo do Paquistão sobre a missão e justificam a violação da soberania paquistanesa por "uma obrigação legal e moral de agir". Sites americanos especulam, no entanto, que o Paquistão teria ajudado. Apesar da invasão do Afeganistão, em 2001, e da queda do regime talibã, Bin Laden foragido significava um fracasso da ocupação americana no Afeganistão.

O ex-presidente George W. Bush, que governava o país no 11 de setembro, e lançou a caçada ao terrorista "vivo ou morto", reagiu à morte de Bin Laden dizendo que a luta contra o terrorismo continua, mas os Estados Unidos enviaram uma mensagem importante ao mundo. "Não importa quanto tempo dure, a justiça acaba sendo feita", afirmou o ex-presidente.

A administração americana, que várias vezes acusou o Paquistão de não fazer o suficiente para combater o terrorismo, desta vez elogiou a colaboração do governo local. Obama telefonou ao presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, para dizer que o momento era histórico para os dois países. O governo paquistanês realiza na manhã desta segunda-feira uma reunião extraordinária para discutir a segurança no país, que abriga em seu território grupos islâmicos radicais, combatentes da Al Qaeda e rebeldes talibãs.

O presidente americano fez questão de dizer que a morte de Bin Laden é uma vitória contra o terrorismo e não representa uma agressão aos muçulmanos. Para dar credibilidade à mensagem, os Estados Unidos garantiram que o ex-líder da Al Qaeda seria sepultado de acordo com os rituais do Islamismo. O corpo de Bin Laden já teria, inclusive, sido lançado no mar num ato em sintonia com a tradição muçulmana.

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