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Covid-19: Brasil registra mais de 200 mil mortes e imprensa francesa critica má gestão

A imprensa francesa desta sexta-feira (8) lembra os mais de 200 mil mortos pela Covid-19 no Brasil, ainda sem vacina, e a responsabilidade do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que continua minimizando a epidemia. 

A imprensa francesa desta sexta-feira repercute os 200 mil mortos pela Covid-19 no Brasil.
A imprensa francesa desta sexta-feira repercute os 200 mil mortos pela Covid-19 no Brasil. © Fotomontagem RFI/Adriana de Freitas
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Atingido duramente pela segunda onda da epidemia, o gigante latino-americano registrou, nesta quinta-feira (7) seu segundo pior balanço cotidiano desde o início da epidemia, de acordo com o jornal Les Echos. Nas últimas 24 horas, 1.524 pessoas morreram e o país de 212 milhões de habitantes já contabiliza 200.498  vítimas fatais.

O Brasil também atingiu na quinta-feira um novo recorde de contaminações - quase 88 mil novos casos. Nas principais metrópoles do país, São Paulo, Rio ou Belo Horizonte, a taxa de ocupação dos leitos nas UTIs é superior a 90%. Em dezembro, o número de mortos pelo vírus subiu 65% em relação ao mês anterior.

Os dados são lembrados por todos os veiculos franceses, que também publicam fotos e informações sobre Manaus, onde os cemitérios estão novamente saturados, com o aumento de 80% dos enterros nas duas últimas semanas. As festas e reuniões de fim de ano agravaram a epidemia e os especialistas temem uma explosão de novas contaminações, escreve o Le Figaro.

A TV France 24, que integra o mesma empresa de comunicação que a RFI, afirma que a aceleração da epidemia acontece em um momento em que a gestao caótica do governo Bolsonaro é criticada por todos os lados. Uma ducha fria freia as esperanças de ver a situação melhorar em 2021, pois a campanha de vacinação ainda não começou no país.

Início da vacinação deve ser adiado

A data de 20 de janeiro foi anunciada, mas o mais provável é que ela seja adiada para meados de fevereiro ou início de março. O Brasil está atrasado em relação a varios países, que já começaram a imunizar sua população, inclusive a vizinha Argentina, indicou a France 24.

Mais uma vez a TV lembra a frase de Bolsonaro que comparou a Covid-19 a uma "gripezinha" e diz que o presidente de extrema direita continua negando a gravidade da crise e multiplica suas declaraçoes polêmicas.

A TV5 completa dizendo que Bolsonaro acusa o vírus de arruinar o país.  O canal ressaltou a mensagem do presidente brasileiro no Facebook lamentando os 200 mil mortos, mas falando que a vida continua.

Para Bolsonaro, o lockdown, que pode transformar o Brasil em um país de pobre e de desempregados, não resolve, diz TV5.  Além das milhares de famílias de luto, a crise sanitária tem graves consequências sociais. O governo vai interromper no final de janeiro o pagamento do auxílio de emergência a 68 milhões de brasileiros carentes, que representam um terço da população.

Essa ajuda trouxe popularidade ao presidente, mas o déficit público ficou insustentável. Ha alguns dias Bolsonaro garantiu que o Brasil está quebrado por causa do vírus "potencializado pela mídia", lembra  a imprensa francesa.

 

 

 

 

 

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