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Brasil-África

Extensões de cabelo fazem sucesso entre moçambicanas

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Nas ruas de Maputo, moçambicanas exibem o gosto pelas extensões de cabelo humano ou apliques naturais, como chamamos no Brasil. "Sinto-me mais bonita com as extensões", diz Nucha Massango, cabeleireira.

"Telma, a rainha das extensões" é empresária em Maputo, Moçambique.
"Telma, a rainha das extensões" é empresária em Maputo, Moçambique. Fábia Belém
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Por Fábia Belém, correspondente da RFI em Moçambique

"Muda o look, o visual; a cara fica outra", opina a esteticista Vanda Cumaio. Segundo ela, a razão de usar extensões não está só na beleza: "Nós temos a vida de correria. Inventam uns cremes, mas, mesmo assim, o nosso cabelo precisa de muitos cuidados. Então, a extensão é muito mais prática".

Dona de um salão em Maputo, Ester Cumbane é conhecida como "Telma, a rainha das extensões" - uma fama que começou há dez anos. Ela costumava comprar extensões no Brasil: "Tinha clientes que precisavam dos cabelos e não sabiam onde comprar. Então, comecei a frequentar o mercado brasileiro para trazer os cabelos para os meus clientes. Fazia duas a três viagens por mês."

Mechas indianas são mais baratas que brasileiras

A rainha das extensões só deixou de recorrer ao Brasil quando descobriu que, na Índia, poderia comprar mais cabelo, gastando menos. O ritual de mulheres indianas procurarem os templos, onde doam os cabelos aos deuses, transformou o país num grande exportador, inclusive para o mercado brasileiro.

Telma não se arrepende da troca, mas não esquece da qualidade do produto que costumava encontrar: "Era lavado, era cacheado, tinha um brilho natural. O cabelo brasileiro vinha pronto pra ser vendido, enquanto o indiano, é preciso ainda processar."

Martins Chirruque vende extensões capilares em Maputo, Moçambique.
Martins Chirruque vende extensões capilares em Maputo, Moçambique. Fábia Belém

A bancária Sandra Ali está à procura de cabelos novos e procura uma banca especializada em extensões de cabelo humano no mercado Janete, no centro da capital. Martim Chirruque, dono do estabelecimento explica a Sandra que o preço varia de acordo com o tamanho. A mais longa - que mede 34 cm - é a mais cara. Custa 14 mil meticais, o equivalente a quase R$ 1 mil reais. Sandra acha que é melhor pagar o preço e levar cabelo de verdade, pois é possível lavar, secar e esticar. "Quando não é, nem um secador pode entrar; derrete", ela explica. 

 

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