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Cuba/Venezuela

Fidel diz que Venezuela está preparada para enfrentar EUA

O líder cubano Fidel Castro disse terça-feira (17) que a Venezuela está preparada para enfrentar tanto do ponto de vista diplomático como militar a "política insólita" de "ameaças e imposições" dos Estados Unidos, em uma carta ao presidente Nicolás Maduro.

Foto de arquivo de encontro entre o presidente venezuelano, NIcolás Maduro, e Fidel Castro em Havana.
Foto de arquivo de encontro entre o presidente venezuelano, NIcolás Maduro, e Fidel Castro em Havana. Reuters
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Na segunda carta enviada a Maduro em uma semana, Fidel escreve que a Venezuela "sempre esteve disposta a dialogar de maneira pacífica e civilizada com o governo dos Estados Unidos, mas nunca aceitará ameaças e imposições desse país". O texto foi divulgado pela imprensa cubana.

Fidel elogia a "atitude" do povo venezuelano e a "disciplina exemplar e o espírito da Força Armada Nacional Bolivariana" contra a lei do presidente Barack Obama que impôs sanções a funcionários da Venezuela e declarou o país uma "ameaça" à segurança nacional dos Estados Unidos.

"Faça o que fizer o imperialismo americano, ele não poderá jamais contar com elas [as forças da Venezuela] para fazer o que fez durante tantos anos", declara Fidel. "Hoje, a Venezuela tem os soldados e oficiais mais bem equipados da América Latina", acrescenta o líder de 88 anos, afastado da presidência desde 2006 por motivos de saúde.

Fidel orienta passos de Maduro

Fidel ressalta que o povo venezuelano "nunca permitiu um retorno ao passado vergonhoso da era pré-revolucionária". Ele também cumprimenta os 11 países da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), que se reunirão nesta terça-feira em uma cúpula, em Caracas, para "examinar a política incomum" dos Estados Unidos contra a Venezuela e a Alba.

O encontro em Caracas ocorre depois que o Congresso venezuelano concedeu, no último domingo, superpoderes "anti-imperialistas" para Maduro. O presidente poderá governar por decreto, até o final de 2015, nas áreas de segurança e defesa.

Em outra carta a Maduro, na terça-feira passada, Fidel havia felicitado o líder venezuelano por seu "brilhante e corajoso discurso" contra as sanções impostas por Washington. No mesmo dia, o governo cubano manifestou "apoio incondicional" ao seu aliado e qualificou as sanções americanas de "medida arbitrária e agressiva". A declaração feita pelo atual presidente cubano e irmão de Fidel, Raúl Castro, significou o primeiro atrito com os Estados Unidos depois do anúncio histórico de reconciliação entre os dois países, em dezembro.

As negociações para a reabertura da embaixada americana em Cuba continuam em "clima profissional", declarou nesta terça-feira a diplomacia cubana.

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