Obama pede reforço da luta contra jihadistas na internet
A luta contra o terrorismo está no centro dos debates da conferência contra a violência extremista, que termina nesta quinta-feira (19) em Washington. Em seu pronunciamento, na terça-feira (18), o presidente Barack Obama disse que é preciso combater as falsas promessas feitas aos jovens para convencê-los a aderir ao jihadismo. Os participantes da conferência concordam que é necessário um grande esforço para acabar com o avanço das redes que recrutam jihadistas na internet.
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Em seu discurso para concluir o segundo dia de reflexão sobre a luta antiterrorista, Barack Obama admitiu que os grupos terroristas, como o Estado Islâmico e a rede Al Qaeda, exploram as grandes fraquezas atuais das sociedades para recrutar jovens para sua causa. Entre elas: o desemprego, a perda de identidade e o sentimento de exclusão social.
O presidente americano sugeriu que os países enfrentem estes problemas e também apelou para os líderes religiosos muçulmanos expressarem abertamente sua oposição ao terrorismo.
Segundo Barack Obama, a rede Al Qaeda e o grupo Estado Islâmico "estão desesperados em busca de legitimidade" e insistem que os Estados Unidos e o Ocidente em geral estão em guerra contra o Islã para radicalizar jovens. "Isso é uma mentira. Eles não são líderes religiosos, mas sim terroristas", disse.
Guerra de propaganda na internet
O presidente Obama não anunciou novas medidas de combate ao terror, mas convocou os governos a assumirem suas responsabilidades. Ele lembrou que os terroristas usam vídeos e redes sociais como poderosas armas de propaganda e os países devem usar os mesmos meios tecnológicos para desacreditar os argumentos dos jihadistas e propor alternativas positivas, principalmente aos jovens.
Os participantes da conferência avaliam que o ocidente está muito atrasado, em relação aos jihadistas, na utilização da internet nessa batalha. Sasha Havlicek, do Instituto de Estratégia e Diálogo de Londres, aconselha a utilização dos métodos de marketing online de empresas para conter a propaganda de grupos extremistas, como a do grupo Estado Islâmico.
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