Marco Zero recebe restos mortais de vítimas não identificadas dos atentados de 11/09
Milhares de restos mortais não identificados de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York, foram transferidos neste sábado (10), em uma cerimônia discreta, para o Marco Zero, o local onde ficavam as Torres Gêmeas, transformado agora em memorial e museu.
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A transferência aconteceu com um cortejo discreto de 15 veículos, que partiu da sede do Instituto Médico Legal de Nova York, na zona leste de Manhattan, até a região de Wall Street. Carros da polícia, dos bombeiros e da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey integraram o cortejo.
Os restos mortais foram transportados em "caixas metálicas retangulares para traslados militares, envolvidas pela bandeira americana", disse à Agência France Presse o porta-voz da polícia, Carlos Nievas.
A transferência foi criticada por algumas famílias de vítimas, que consideraram um "insulto" que os possíveis restos mortais de parentes tenham sido colocados em um espaço sob o local dos ataques que deixaram quase três mil mortos em 11/09/01.
40% das vimas não foram identificadas
Das 2.753 pessoas declaradas desaparecidas no World Trade Center (WTC), 1.115 não foram identificadas, o que representa quase 40% do total, segundo as autoridades de Nova York.
O governo recuperou 21.906 restos mortais na área dos atentados, mas 7.930 não coincidiram com nenhuma das mostras de DNA fornecidas por familiares das vítimas.
O local de descanso dos restos mortais das vítimas fica a 20 metros de profundidade e o público não terá acesso.
O Museu do 11/9 abrirá ao público no dia 21 de maio, mas as autoridade estabeleceram um "período de homenagem" de cinco dias, de 15 a 20 de maio, dedicado a, entre outros, familiares de vítimas dos atentados, trabalhadores e equipes de emergência do WTC, assim com aos sobreviventes.
O novo WTC inclui cinco torres, o memorial e museu, um centro de transportes público, quase 550.000 metros quadrados para lojas e um centro de artes.
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