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Estados Unidos

JP Morgan explica prejuízo do banco diante do Senado americano

A confusão de 2 bilhões de dólares do JP Morgan - o maior banco de investimento dos Estados Unidos - chegou ao Senado americano. Nesta quarta-feira, o todo-poderoso do banco Jamie Dimon – um dos maiores nomes de Wall Street e um dos poucos presidentes de bancos americanos que sobreviveu à crise de 2008 – vai ter que dar explicações diante da Comissão de Bancos, Habitação e Assuntos Urbanos do Senado sobre o prejuízo bilionário em operações financeiras de alto risco, revelado no mês passado.

Sede do banco JP Morgan, em Nova Iorque.
Sede do banco JP Morgan, em Nova Iorque. REUTERS/Eduardo Munoz
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Os senadores vão colocá-lo na parede para entender o que deu errado. Os democratas, em particular, devem pegar ainda mais pesado e usar a notícia para argumentar a favor da reforma do sistema financeiro que pretende ampliar a regulação do setor.

Em 2008, esse tipo de operação financeira de alto risco – transação com derivativos (contrato em que o valor final é definido por uma variável, como câmbio, inflação ou juros) - foi responsável pela crise imobiliária nos Estados Unidos. Desde lá, muito se falou em supervisão e regulação do mercado financeiro, mas muito pouco avançou. A reforma de Wall Street foi assinada pelo presidente Barack Obama em Julho de 2010, mas boa parte dela, que deveria entrar em vigor no próximo mês, acabou sendo adiada graças à pressão dos defensores do livre mercado, inclusive do próprio Dimon.

A notícia da nova perda do JP Morga causou uma turbulência na instituição. Primeiro veio a renúncia da diretora de investimentos Ina Drew - uma das mulheres mais poderosas de Wall Street - depois de mais de 30 anos na instituição. Em seguida, acionistas revoltados entraram na justiça contra o banco alegando que foram enganados sobre os riscos das operações. Além disso, a comissão que regula o sistema financeiro americano e o FBI estão investigando o caso.

Jamie Dimon vai ter que suar a camisa para explicar essa confusão e a insistência em sua maratona ultraliberal em detrimento de mais regras para o setor financeiro. Um sistema que já provou ser perigoso quatro anos atrás.
 

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