Fidel interroga Bento 16 sobre mudanças na liturgia católica
O ex-dirigente cubano, Fidel Castro, interrogou o papa Bento 16 nesta quarta-feira sobre as mudanças na liturgia católica, em um encontro que classificou de «cordial ».
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Na última etapa da visita de três dias ao país, o pontífice realizou uma missa na mítica Praça da Revolução, em Havana, diante de imagens de Ernesto Che Guevara e de Camilo Cienfuegos, heróis da Cuba comunista. A cerimônia ao ar livre reuniu mais de 300 mil fiéis. Há 14 anos, o papa João Paulo II havia rezado para uma multidão no mesmo local.
Em seu discurso, o atual líder da Igreja Católica pediu liberdade para o povo cubano e para a prática religiosa. Em referência ao embargo dos Estados Unidos à Cuba, ele denunciou que “medidas restritivas exteriores” são impostas à ilha. Além disso, ele pediu que o ensino da religião seja autorizado em escolas.
Afastado do governo há quatro anos por motivos de saúde, Fidel de 85 anos, que já havia manifestado o desejo de encontrar o também octogenário Bento 16, fez três perguntas ao longo da reunião com o religioso que durou 30 min, de acordo com o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Além de questionar sobre as alterações na missa católica, ele quis saber o que faz um papa e qual a sua missão. Ao que o pontífice respondeu falando de sue ministério e citando suas viagens ao redor do mundo em nome da Igreja. Por último, perguntou sobre as dificuldades atuais das religiões de responderem aos desafios da modernidade e pediu conselhos de leitura.
Na terça-feira, Fidel indicou em sua coluna oficial na internet que "seria com prazer que cumprimentaria Sua Excelência o papa Bento 16, assim como ele havia feito com João Paulo II » .
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