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Cuba/Política

Como Lula em 2010, Dilma visita Cuba após morte de dissidente

Como aconteceu em 2010 com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff desembarca em Havana no mesmo mês em que um dissidente hospitalizado morre depois de jejuar em sinal de protesto. O prisioneiro político cubano Wilmar Villar Mendoza morreu nesta quinta-feira, 19 de janeiro, depois de 50 dias de greve de fome.  

Foto de Wilmar Villar publicada pelo blog cubano Baracutey.
Foto de Wilmar Villar publicada pelo blog cubano Baracutey. blog Baracutey Cubano
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Wilmar Villar Mendoza  tinha 31 anos, duas filhas, e havia sido condenado a quatro anos de prisão em 24 de novembro de 2011, depois de ter sido preso em uma manifestação pacífica contra o regime de Raúl Castro. Inconformado, ele começou uma greve de fome no dia seguinte à sua sentença. Na prisão de Aguadores, conhecida pela superpopulação carcerária, recusou-se a usar o uniforme de prisioneiro comum, sendo colocado numa solitária, sem roupas e sem água. Ele estava hospitalizado em Santiago de Cuba.

O governo cubano não reconhece o estatuto de preso político, considerando os opositores como "mercenários" que operam contra o regime em nome dos Estados Unidos.

Dilma, Lula e dissidentes

A morte de Wilmar Villar acontece no mesmo mês em que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, desembarca na ilha. Triste coincidência histórica, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva visitou Havana em fevereiro de 2010, um dia depois da morte do prisioneiro plítico Orlando Zapata Tamayo, no hospital Amejeiras, após jejuar por 85 dias. Ele era considerado como um "prisioneiro de consciência" pela ONG de Direitos Humanos, Anistia Internacional.

Na época, Lula da Silva foi bastante criticado por não ter condenado o fato nem enviado um sinal aos prisioneiros políticos.

Informados da viagem de Lula a Cuba, cerca de 50  presos políticos ou com "licença penal" por razões de saúde, redigiram uma carta  a ele, para que intercedesse a seu favor quando encontrasse os irmãos Castro.  Eles escreveram que Lula poderia ser "um magnífico interlocutor para fazer com que o governo cubano decida fazer as reformas econômicas, políticas e sociais que o país necessita com urgência, avançar no respeito aos direitos humanos, conseguir a reconciliação nacional e tirar a nação da profunda crise em que se encontra".

 

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