Ex-combatentes da Frelimo contra ideia de governo da Renamo
Antigos combatentes da luta de libertação em Moçambique, denunciaram intenções do líder da Renamo, de querer fazer o seu próprio governo, caso não seja aceite, a sua proposta de um governo de gestão.
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Ex-combatentes da Frelimo, que fizeram a guerra de libertação em Moçambique, organizaram este sábado, 27 de dezembro, marchas em várias regiões da província do Niassa, no norte do país, para denunciar declarações do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de que pode formar o seu próprio governo, nas regiões onde ele e o seu partido ganharam as eleições de 15 de outubro, que foram fraudulentas, caso a Frelimo, não aceite sua proposta de um governo de gestão.
Dhlakama, fizera estas declarações há duas semanas, durante um périplo por três regiões de Moçambique, quando disse que não aceitava os resultados, dando vitória à Frelimo, porque as eleições tinham sido marcadas por fraudes.
Paralelamente, como medida de equilíbrio, onde todos saíssem a ganhar, propôs a formação de um governo de gestão, acrescentando que se esse governo não fosse aceito, por parte da Frelimo, etnão avançaria, com o seu próprio governo, lá onde a Renamo ganhou.
Foram, portanto, essas declarações, que originaram agora as marchas dos antigos combatentes da Frelimo. O secretário provincial da Associação dos combatentes, Rui Maruza, afirmou que não têm medo de Dhlakama:
"Nós, os veteranos da luta de libertação nacional, não temos medo de Dhlakama; temos medo é da lei."
É, pois, neste mar de incertezas, que se encontra o futuro político e social de Moçambique, com ameaças de ambos lados, e tendo em conta, que até à data, ainda o Conselho Constitucional, não promulgou os resultados das eleições de 15 de outubro último, que deram a vitória, à Frelimo.
De Maputo, o nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
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