Dia internacional de luta contra a corrupção
Assinalou-se esta terça-feira o dia internacional de luta contra a corrupção, uma jornada de reflexão que acontece pouco depois da ONG Transparency International ter divulgado no dia 3 de Dezembro o seu relatório anual sobre o Índice de Corrupção no mundo, uma classificação que abrange 175 países dos quais o melhor colocado continua a ser a Dinamarca.
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Nesta tabela, entre os países lusófonos, Angola caiu do 153° lugar em 2013 para o 161° lugar em 2014, Cabo Verde passou da 41ª posição para a 42ª, São Tomé e Príncipe também piorou a sua classificação passando para o 76° lugar, já a Guiné-Bissau melhorou o seu desempenho este ano, passando do 163° para o 161° lugar e Moçambique manteve-se na 119ª posição na qual estava no ano passado.
Ao fazer hoje um balanço do desempenho de Moçambique na luta contra a corrupção, o Gabinete Central de Combate à Corrupção daquele país declarou ter recebido, nos últimos 5 anos, 1958 denúncias populares que desembocaram na detenção de 120 indivíduos, em pleno recebimento de dinheiro resultante da corrupção.
Baltazar Fael, jurista da ONG CIP -Centro de Integridade Pública- mostra-se bastante céptico quanto à luta contra a corrupção em Moçambique e refere que a evolução económica do seu país fez emergir novas práticas de corrupção.
Baltazar Fael, jurista no CIP, Centro de Integridade Pública em Moçambique
Relativamente à percepção da corrupção noutros países, a ONG Transparency International identificou uma descida de Timor-Leste do 119° lugar para o 133°, uma melhoria para o Brasil que ascendeu ao 69° lugar e uma subida igualmente para Portugal que passou da 33ª para a 31ª posição nesta tabela.
No quadro da análise da situação de Portugal que não inclui casos recentemente revelados como os "Vistos Gold", Duarte Lima ou Sócrates, o Director executivo da ONG "Transparência e Integridade", João Paulo Batalha, considera que a justiça portuguesa tem feito esforços na investigação de casos de corrupção mas que ela deveria insistir numa melhor coordenação com as suas congéneres noutros países, nomeadamente Angola.
João Paulo Batalha, Director executivo da ONG "Transparência e Integridade"
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