Vídeo de duas mulheres a serem espancadas choca Angola
Nos últimos dias, a opinião pública Angolana tem-se encontrado em estado de choque desde a difusão de um vídeo que mostra duas mulheres a serem brutalmente espancadas num armazém das imediações de Luanda.
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O vídeo posto a circular em algumas redes sociais desde meados da semana passada mostra, num primeiro tempo, duas mulheres a serem fotografadas e filmadas com uma garrafa de champanhe na mão, antes de serem barbaramente agredidas por homens armados com bastões, mangueiras e paus. As duas mulheres, de 39 e 42 anos, terão sido acusadas pelos seus agressores de tentarem furtar a referida garrafa de espumante.
A Procuradoria-Geral da República que teve rapidamente conhecimento deste vídeo informou ter encaminhado um inquérito. A polícia deteve 11 dos presumíveis agressores, entre os quais o proprietário do supermercado Prelex, no Bairro Golf, local onde presumivelmente terão acontecido os factos. Em declarações à imprensa, o dono do estabelecimento comercial confessou ter participado na agressão.
Face à extrema emoção suscitada pelas imagens que foram vistas por milhares de pessoas, foram numerosas as reacções: o Grupo das Mulheres Parlamentares Angolanas, nomeadamente, exigiu a condenação dos autores do crime, a Secretária-Geral da OMA, Organização da Mulher Angolana, Luzia Inglês, reclamou uma "punição severa" e o Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos em Angola pediu ao governo que estanque "a impunidade que reina no país".
Ao referir que os suspeitos incorrem penas que poderiam ir até 8 anos de prisão, Ana Paula Godinho, advogada e professora de Direito Civil na Universidade Agostinho Neto, comenta este caso.
Advogada Angolana Ana Paula Godinho
Ao indicar não ter conhecimento de muitos casos de justiça pelas próprias mãos no seu país, a advogada Ana Paula Godinho considera igualmente que não serão frequentes casos dessa brutalidade contra mulheres em Angola, embora reconheça que esta situação só veio a ser conhecida por ter sido denunciada na internet.
Advogada Angolana Ana Paula Godinho
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